terça-feira, 3 de novembro de 2009

Análise - Como Estais Amigo

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COMO ESTAIS AMIGO

Por Kira, IMB

(Com algumas correções feitas por mim D:)

Como Estais Amigo
Gers/Bayley
Álbum Virtual XI (1998)
Faixa 08
Duração: 05:31

Vamos começar falando sobre o titulo, que realmente nos intriga: um nome em espanhol.Para entendermos o titulo é necessario falar sobre o objetivo da musica, a música foi feita para fazer uma homenagem , um tributo, digamos assim, a Guerra das Malvinas, entre Reino Unido e Argentina(Obviamente a Argentina foi derrota, mas não podemos considerar como uma guerra, e sim como um massacre, pois a Argentina sofreu demais.). A música também é um pedido de paz, para a reconciliação entre as duas nações e, por essa razão, o título é em espanhol, para dar a idéia de uma proximidade entre os britânicos e argentinos.

No primeiro verso se escontra novamente a frase "como estais amigo?", e a palavra "amigos" se repete no refrão.

Um detalhe interessante é que quem declaro a invasão britânica às Ilhas Malvinas foi a Primeira-Ministra Margaret Tathcher, cujo apelido era "Iron Maiden".

A guerra aconteceu em 1982, ano de lançamento do álbum talvez mais famoso e importante da banda, o The Number Of The Beast.


Explicando a Letra...

Como esta amigo
For the death of those we don't know

Como está, amigo?
Pela morte daqueles que não conhecemos


Estes primeiros versos são uma pergunta do eu-lírico, que simboliza o Reino Unido, aos argentinos. Em outras palavras, Bayley e Gers querem dizer "como vocês se sentem pelas pessoas que morreram, que você sequer conhece? Você realmente se sente triste? Realmente guarda rancor?

Shall we kneel and say a prayer
They will never know we care

Ajoelharemo-nos e rezaremos
Eles nunca saberão que nos importamos


Essa parte não deixa de ser uma crítica à aquelas homenagens para as pessoas que morreram na guerra. Pois obviamente, aqueles que morreram nunca saberão que nós nos importamos com eles, não há sentido em homenagear quem não está ciente da mesma.

Shall we keep the fires burning
Shall we keep the flames alight

Manteremos acesso o fogo
Manteremos acesas as chamas


Esse trecho instiga, de um modo metafórico, se nós deveríamos continuar com raiva, continuar guardando rancor e, se ainda devemos viver a guerra, chorar, lembrar. São versos que falam do sentimento ainda existentes nas pessoas que sobreviveram, ou de parentes de quem
sobreviveu. Muitas vezes esses sentimentos ainda vivos, como raiva e rancor do inimigo, podem provocar uma guerra infinita, como aconteceu na Irlanda do Norte, que ocasionou a formação do grupo terrorista IRA. Isso pode ser um tanto complicado nesse caso, uma vez que a Inglaterra e Argentina são nações (e não facções como na Irlanda) bem distantes, mas ainda assim pode atrapalhar em embargos políticos, acordos entre outros.

Should we try to remember
What is wrong and what is right

Tentaremos relembrar
O que é errado e o que é certo


Estes versos, resumidamente, diz que devemos aprender com os erros. Aprender com as consequência que uma guerra traz, e não ter de guerrear nunca mais.


No more tears, no more tears
If we live for a hundred years
Amigos no more tears

Sem mais lágrimas, sem mais lágrimas
Se vivermos por uma centena de anos
Amigos, sem mais lágrimas


O refrão define a idéia principal da música, que é para que os argentinos (os "amigos") esqueçam da guerra, esqueçam do sofrimento, levantem-se e sigam adiante !

And if we do forget them
and the sacrifice they made
Will the wickedness and sadness
come to visit us again

Se esquecermos mesmo deles e
do sacrifício que fizeram
a maldade e tristeza nos visitarão novamente.


Esse trecho pode causar uma contradição com o resto da música, que fala que devemos esquecer os sentimentos ruins da guerra e, agora, diz que não podemos esquecer dos soldados que lutaram, do sofrimento que passaram ao defender sua pátria. Para desfazer a contradição, fica a explicação: Deve se esquecer o rancor, a raiva pelo inimigo, mas jamais esquecer que pessoas sofreram para defender seu país, pois esses soldados certamente foram pessoas corajosas, e não devem ser esquecidas.


Shall we dance the dance in sunlight
Shall we drink the wine of peace
Shall our tears be of joy
Shall we keep at bay the beast

Dançaremos a dança à luz do sol
Beberemos o vinho da paz
Nossas lágrimas devem ser de alegria
Manteremos a Besta longe

Esse trecho apenas fortifica a idéia da música: Esqueçam do que houve, vamos viver nossas vidas, chorar só se for por felicidade ! E termina dizendo para mantermos os pensamentos de guerra longe, não queremos que outro massacre desses aconteça de novo !

No more tears, no more tears
If we live for a hundred years
Amigos no more tears


Sem mais lágrimas, sem mais lágrimas
Se vivermos por uma centena de anos
Amigos, sem mais lágrimas


Inside the scream is silent
Inside it must remain

Dentro do grito está silencioso
Dentro deve permenecer


Aqui diz que os sentimentos de guerra ainda estão guardos dentro dos pensamentos, dos sentimentos das pessoas, e por conta de ninguém se manifestar por causa disso mais, há a paz. E os pensamentos devem continuar ali onde estão, dentro das pessoas apenas, para não causar mais conflitos.

No victory and no vanquished
Only horror, only pain

Sem vitória, sem conquistas
Apenas horror, apenas dor


Esse trecho pode se dirigiar tanto a essa como a qualquer outra guerra. Pois não existe vitória, uma guerra nunca é bom, nenhum lado deve merecer o titulo de "vencedor". Afinal, em guerrar há "apenas horror, apenar dor".

No more tears, no more tears
If we live for a hundred years
Amigos no more tears

Sem mais lágrimas, sem mais lágrimas
Se vivermos por uma centena de anos
Amigos, sem mais lágrimas



Contando um pouco sobre a Guerra das Malvinas


As ilhas Malvinas, arquipélago situado a cerca de 500 quilômetros da costa argentina, foi palco de uma dais mais curtas, sangrentas e desnecessárias guerras que aconteceram no século XX. A região foi ocupada pelos britânicos desde o século XIX e integrava uma parcela mínima dos vastos territórios que compunham o imenso império britânico. Após a Segunda Guerra, mesmo com o processo de descolonização, a região sul americana se manteve sob a tutela inglesa.


Chegada a década de 1980, com quase um século de dominação britânica no arquipélago, a ditadura militar que controlava a Argentina decidiu promover um plano de controle sob o território. É importante ressaltar que nessa época, a ditadura argentina – então comandada pelo general Galtieri – se via pressionada pelos problemas sociais e econômicos que colocavam a população contra o governo. Dessa maneira, o plano seria uma forma desesperada de recuperar a imagem do governo por meio da guerra.


Um pouco antes do começo da guerra, o alto comando do governo argentino elaborou a Operação Rosário como forma de planejar as estratégias empregadas por suas forças militares. Paralelamente, no plano político internacional, os argentinos acreditavam que teriam o apoio dos Estados Unidos para reaver o território das Malvinas ou que os ingleses iriam abrir mão da ilha por meio de uma rápida negociação diplomática. No entanto, os planos do governo Galtieri não saíram como o esperado.


Em março de 1982, uma frota de navios mercantes escoltada por embarcações militares começou a rondar o arquipélago. Desconfiando daquela estranha manobra, as forças britânicas que zelavam pela proteção da ilha exigiram que aquelas embarcações se afastassem imediatamente do território inglês. Essa pequena indisposição acabou servindo de pretexto para que as forças argentinas declarassem guerra à Inglaterra realizando a invasão das Malvinas no dia 2 de abril daquele mesmo ano.


O conflito nas Malvinas, apesar de sua pequena extensão territorial, exigia que as forças militares envolvidas estivessem preparadas para enfrentar o clima hostil marcado por nevadas e chuvas constantes. A primeira invasão realizada pelos argentinos foi vitoriosa e resultou no controle de Port Stanley, que, com a conquista, mudaram o nome da cidade para Puerto Argentino. Enquanto o regime propagandeava sua vitória na mídia, os ingleses tentaram negociar uma retirada pacífica dos militares argentinos.


Mediante a negativa do governo Galtieri, a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher ordenou a preparação das forças britânicas para um conflito contra os argentinos. A evidente superioridade bélica inglesa poderia antever o resultado deste conflito. Após uma fase de relativo equilíbrio entre as forças militares envolvidas na guerra, o lado britânico colocou em ação a chamada Operação Sutton, enviando um grande número de armas e fuzileiros para participar da guerra.


Aproveitando dos acidentes geográficos que tomavam todo o arquipélago, os argentinos organizaram um contra-ataque aéreo comandado pela Fuerza Aérea Sur. Utilizando de mísseis Exocet, os argentinos conseguiram abater duas embarcações britânicas. Apesar disso, as maiores derrotas argentinas aconteceram em terra, quando os britânicos não tiveram maiores dificuldades para vencer um exército numeroso, porém extremamente mal preparado.


Em pouco tempo, os ingleses organizaram um cerco à cidade de Port Stanley. A vitória dos ingleses aconteceu durante o mês de junho de 1982. A falta de armamentos potentes e o preparo tático dos ingleses impeliram as tropas argentinas a se entregarem sem oferecer maior resistência. No dia 14 de junho de 1982, a Inglaterra tinha finalmente restabelecido sua hegemonia sob as Ilhas Falkland, nome oficialmente dado pelos ingleses à região.


Após o conflito, a galopante crise inflacionária – que então batia na casa dos 600% ao ano – e os movimentos populares contra a repressão militar causaram a queda da ditadura argentina. Em um brusco processo de redemocratização, os argentinos depuseram Galtieri e, no ano seguinte, realizaram as eleições que levaram Raúl Alfonsín ao poder. Na Inglaterra, o conflito fortaleceu a imagem política de Margaret Thatcher, que conseguiu se reeleger como primeira-ministra.




Fonte: http://www.guerras.brasilescola.com/seculo-xx/guerra-das-malvinas.htm

5 comentários:

  1. valeu pelaS informaçôes kira

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  2. Cara, parabéns pelo post, essa música não teve o reconhecimento que merecia, infelizmente poucos a conhecem :/

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    1. Fato! A galera reclama da era Blaze mas eu acho as músicas muito fodas! Só acho que elas foram meio que... mal executadas, pelas dificuldades que a banda tava passando na época. Se as condições fossem diferentes teríamos dois álbuns tão bons quanto os outros, mas acontece né, até nas melhores bandas ! huauhahuauhauha E mesmo assim essa época ainda deixou algumas obras incríveis :D

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  3. CARA MUITA GENTE RIR DE MIM POR CAUSA DISSO, MAS ACHO BLAZE BAYLEY UM GÊNIO, E QUE SE ACOSTUMAMOS COM BRUCE E CRITICAMOS BAYLEY, MAS DUVIDA DE MIM PROCUREM POR WOLFSBANE E BAYLEY SOLO.

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  4. blaze é foda demais, por sinal, tem uma discografia muito boa fora do iron, recomendo

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