quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Análise - Powerslave

Compartilhar
POWERSLAVE
Por Miguel, IMB
Powerslave, faixa-título do álbum de 1984, escrita por Bruce Dickinson, historiador diplomado, fala da devoção religiosa dos egípcios, a partir dos olhos do próprio Faraó, e a submissão a este por parte do povo, que o consideravam um ser divino na terra. A letra faz grande referência às várias crenças e deuses dos egípcios, em aproximadamente 7 minutos, com grande trabalho dos músicos, como é de costume, com boa divisão entre melodia e certa agressividade, com solos extensos, e o vocal de Bruce Dickinson dá uma atmosfera obscura à música.
Duração: 07:07
1º solo - Dave Murray– 0:04-03-53
2º solo – Adrian Smith – 04:54-04:16
3º solo – Dave Murray – 04:39-05:00
Explicando pela letra...


Into the Abyss I'll fall-the eye of Horus
Into the eyes of the night-watching me go
Green is the cat's eye that glows-
in this Temple
Enter the risen Osiris-risen again.

No Abismo eu cairei – o olho de Horus
Nos olhos da noite – observando a minha ida


A música começa mostrando a devoção e a temência do personagem aos deuses egípcios,
falando do Olho de Horus, constantemente usado como amuleto, que conferiria proteção e poder
a seu detentor.

Verde é o olho de gato que brilha
Nesse Templo

O gato era um animal sagrado no Egito, associados à fertilidade e à felicidade.
Encarne o elevado Osíris – elevado novamente

Osíris era o deus mais poderoso e venerado da crença egípcia: era o Deus responsável pela vida
e pela fertilidade.



Tell me why I had to be a Powerslave
I don't wanna die, I'm a God,
why can't I live on?
When the Life Giver dies,
all around is laid to waste.
And in my last hour,
I'm a slave to the Power of Death.

Diga-me por que eu devo ser um Escravo do Poder
Eu não quero morrer, eu sou um Deus,
Por que não posso continuar vivendo?


O terror assola o faraó quando ele descobre que ele é um simples mortal, e não uma encarnação
divina, e que deve ser submisso aos verdadeiros deuses em quem crê.

Quando o Gerador da Vida morrer,
Tudo irá à ruína

O povo realmente acreditava que o faraó era uma encarnação do Deus-Sol, sendo a morte deste
motivo de destruição do reino.

E na minha última hora
Sou um escravo do Poder da Morte

Aqui, uma referência ao deus Anúbis, a divindade dos mortos e moribundos. É ele o guardião de
necrópoles e tumbas, e ele guia a alma dos mortos ao além, decidindo se o morto poderia ou
não ter acesso ao paraíso.




When I was living this lie-Fear was my game
People would worship and fall-
drop to their knees.
So bring me the blood and red wine
for the one to succeed me,
for he is a man and a God-
and He will die too.

Quando eu vivia essa mentira, medo era o meu jogo
O povo serviria e cairia de joelhos.


O povo, com a falsa crença de que o faraó era uma encarnação divina, depositavam nele sua
máxima devoção, dando por ele até mesmo sua vida.

Então traga o sangue o vinho vermelho
Para o meu sucessor
Pois ele é um homem e um Deus,
e ele morrerá também.


O personagem faz questão de passar o trono ao seu sucessor, assim como faz questão de
mostrar o paradoxo em que, mesmo ele sendo um Deus, ele é um homem, e morrerá.



Now I am cold but a ghost lives in my veins,
Silent the terror that reigned-
marbled in stone.
A shell of a man God preserved-
a thousand ages,
But open the gates of my Hell-
I will strike from the grave.

Agora estou gelado, mas um fantasma vive em minhas veias

Os egípcios tinha a crença de que, apesar de o corpo(Ka)ter partido, a alma (Ra) poderia
continuar neste mundo.

Silencioso o terror que reinou
Encravado na pedra
A tumba de um homem-Deus preservada
Por mil eras

Mostra o fascínio e o temor que rodeavam as tumbas e pirâmides egípcias

Mas abertos os portões de meu inferno,
Eu atacarei da sepultura


Aqui, uma referência baseada na lenda do faraó Tutancâmon, que teria libertado toda sua fúria ao ter seu sarcófago aberto, provocando assim, simultaneamente, a morte do mecenas da expedição e uma grande falha elétrica sem explicação na cidade do Cairo. No dia em que o túmulo foi aberto, o pássaro de estimação do líder da expedição foi engolido por uma serpente, animal em que se acreditava proteger os faraós. Nos meses seguintes, ainda morreram, coincidentemente ou não, mais de quatro pessoas envolvidas com a expedição ou com seus integrantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário